Capão da Canoa
Capão da Canoa, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, é hoje um dos balneários mais conhecidos do estado, mas sua trajetória começou de forma simples, marcada pela pesca artesanal e pelo movimento dos tropeiros que cruzavam a região.
O nome surgiu do “capão de mato” existente próximo à beira-mar, usado como ponto de referência para viajantes e moradores. Ali, pescadores montaram as primeiras casas de madeira, formando uma pequena comunidade que logo começou a receber visitantes atraídos pela tranquilidade e pelo mar.
Na década de 1930, Capão da Canoa já despontava como destino turístico. Famílias de Porto Alegre e de cidades do interior passaram a erguer suas casas de veraneio, transformando a vila de pescadores em balneário. O acesso ainda era difícil, feito por estradas de chão e, muitas vezes, pela própria praia.
O crescimento ganhou força nos anos 1950, quando melhorias viárias facilitaram o deslocamento até a região. Hotéis, pousadas e comércio começaram a surgir, acompanhando o fluxo crescente de turistas. A construção civil logo se tornou um dos motores da economia local, erguendo edifícios e ampliando a infraestrutura.
Em 12 de abril de 1982, Capão da Canoa conquistou sua emancipação política, desmembrando-se de Osório. A nova condição administrativa impulsionou investimentos, reforçou a identidade local e consolidou o município como polo turístico e econômico do litoral norte.
Atualmente, Capão da Canoa combina a tradição de cidade litorânea com o dinamismo de um centro urbano em expansão. Além de receber milhares de visitantes a cada temporada de verão, mantém atividades ligadas à pesca, ao comércio e ao setor imobiliário. O município também preserva manifestações culturais gaúchas, como o tradicionalismo, e realiza eventos que atraem moradores e turistas durante todo o ano.
Assim, de ponto de parada de tropeiros a município de referência no litoral gaúcho, Capão da Canoa construiu sua história unindo passado, presente e futuro à beira do Atlântico.